CARTA À ÁGUA - EMBAIXADOR DA ESCOLA AZUL
O nosso Embaixador da Escola Azul, Afonso Marques, está preocupado com a Água. Espreitem a carta que ele escreveu!
Carta à Água
Querida Água,
Escrevo-te esta carta porque estou preocupado contigo. Por onde andas?
Já não te vejo faz algum tempo e as pessoas mostram-se preocupadas, principalmente aqui na minha zona, no Alentejo.
O “clima está todo trocado” e o calor que se faz sentir faz-me questionar muita coisa! Se este aumento de temperatura te faz evaporar para a atmosfera, porque não está esta sobrecarregada de nuvens? Porque não estão as nuvens saturadas e preparadas para te despejar sobre os campos, as plantas, os animais? Será que o teu ciclo te está a afastar da minha zona e a fazer-te precipitar em grande quantidade sobre outras áreas da superfície terrestre?
Aqui, no Alentejo, os locais onde costumo encontrar-te estão secos ou a secar! Não estás nos aquíferos superficiais nem subterrâneos. Os rios correm com pouco caudal e as barragens e lagos estão a secar; os “furos” que as pessoas fizeram para te conseguir encontrar não conseguem colocar-te à superfície em quantidades suficientes para o regadio de campos ou matar a sede aos animais e ao Homem.
Estamos todos inquietos com a tua falta.
Se em tempos escrevi sobre ti e a possibilidade de num futuro longínquo, com todas as alterações climáticas que se estão a sentir, “o mar poder chegar a Almodôvar”, preocupa-me que, a curto prazo, e ainda durante a “existência do Homem”, tu venhas a deixar de existir por estes lados!
Aprendi na escola que tu foste o “berço da vida” e o meio em que muitos dos seres vivos se encontram; não há vida sem ti e tu estás presente em todos os seres vivos, sem exceção.
Estás zangada com o Homem? Com todos os maus tratos que tens sofrido com a poluição e uso irresponsável que este faz de ti? É isso?
Como um dos embaixadores da “Escola Azul” só te posso pedir desculpa, muito embora muitos dos Homens te respeitem muito, principalmente esta nova geração, que muito reconhece o teu valor e importância.
Até já, pelo menos ainda num pequeno copo que certamente me “matará” a sede.
Afonso Marques, n.º1, 6.ºB outubro de 2023

Muito bem!
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